Por Karine Rodrigues
Em 2019, o desejo do empresário Artur do Prado em fundar um negócio diferente e levar educação financeira para os goianos, principalmente, foi realizado. Nascia a Blend Capital, uma assessoria de negócios financeiros. Em inglês, palavra blend significa mistura, nome perfeito para o mix de propostas que Artur e seu sócio tinham em mente para um novo empreendimento.
Artur já tinha passado por experiências nos Bancos Itaú e Safra, queria unir esse know-how abrir um negócio que não seria apenas mais um escritório ou filial de uma corretora financeira, mas um empreendimento onde o cliente tivesse voz e o sistema fosse de total transparência. “A Blend nasceu muito madura, com a experiência dos grandes bancos, das grandes corretoras e também com a dor do cliente. Foi criada para ser diferente das demais”, argumenta Prado.
Desde então, o negócio instalado em uma confortável estrutura no Alphaville Mall, em Goiânia, conta com vários assessores financeiros preparados para ajudar o cliente que deseja investir de R$ 100 a milhões de reais, com segurança e rentabilidade. Artur conta com orgulho que a empresa está em amplo crescimento, mas que Goiânia e o Estado têm espaço para muito mais. “Nós da Blend acreditamos muito em perenidade. Nosso modelo de negócio é diferente dos demais talvez seja por isso, que estamos em um movimento tão grande de expansão. Saímos de uma sala muito pequena onde tinha só quatro assessores para essa estrutura aqui no AlphaMall”, comenta.
Blend oferece toda a parte de assessoria de investimento, de estruturação de negócios, seja de dívidas ou de melhora para as empresas. Para isso é uma filiada do grupo ModalMais. O grupo, muito forte na parte de empresas, despertou interesse em grandes corporações como o Credit Suisse que comprou um pedaço. Logo depois veio a XP investimentos que também detém participação. Isso mostra quão forte e relevante a Modal é. Além disso, faz parte do grupo a Eleven Financial Research que é uma casa de search e análise de mercado, além disso tem a Galapos que faz a parte de estruturação, fusões, aquisição e incentivos governamentais que hoje fomenta muitas empresas.
Mercado goianiense
Segundo Artur, o mercado financeiro em Goiânia ainda tem muitos mitos. Ele afirma que as pessoas acreditam muito ainda que para entrar no mercado financeiro é preciso ter muito dinheiro. “A gente hoje tem acesso a produtos como da Infinity Asset por R$ 100, há produtos que estão dando retornos superiores ao CDI com uma excelente liquidez e outros bem interessantes, que a maioria das pessoas ainda desconhecem por ausência de conhecimento sobre o universo financeiro. Goiânia, que, aos meus olhos, oferece muitas oportunidades.”
O empresário explica que as grandes assessorias de Goiânia vieram de outras capitais ou os escritórios têm apenas filiais aqui, não são verdadeiramente regionais. Fato que segundo ele é ruim porque existe uma cultura e valores locais que precisam ser preservados. “Acho que Goiânia tem um monte de oportunidade, mas precisamos ter essa educação financeira. Nosso grande objetivo é trazer educação financeira”, diz confiante.
Goiás é um dos Estados onde o agronegócio é um dos pilares de sustentação econômica. Questionado sobre como estão os investimentos do segmento no mercado financeiro, Artur responde que sua equipe foi treinada e capacitada, para entregar uma assessoria muito boa para o agro também. O jovem empreendedor faz a seguinte provocação: “Nos teste, conheça. Infelizmente o agro não utiliza tudo que o mercado financeiro pode fazer. A gente veio para desmitificar esse mercado”.
Ele exemplifica que há CRI, CRA, Debêntures específicos para fomentar as empresas, o agronegócio e tudo isso.
Cenário de incertezas reflete nos investimentos
Até novembro quando as eleições estiverem finalizadas o cenário é de incertezas. A própria ocorrência de um segundo turno que naturalmente ocasiona um período de insegurança no mercado.
Além o cenário de alta nos juros que pode ser bom para investir e atrair o capital estrangeiro, força internamente uma queda na atividade econômica, com o objetivo de frear a inflação e o consumo. Porém, se o investimento em renda fixa pode ser uma boa pedida o de renda variável nem tanto, justamente porque esse tipo de investimento reflete mais as incertezas do mercado.
Para Artur do Prado, sócio proprietário da Blend Capital, as eleições causam instabilidade para o mercado, mas este antecipa suas atitudes precificando previamente.
“É preciso ter cautela, vamos fazer as coisas com sabedoria, com uma margem de segurança maior. Não no impulso. Não acredito em pensamentos como: essa é a oportunidade da sua vida se você não aproveitar vai perder ao contrário, acho que as oportunidades sempre vão aparecer para quem estiver fazendo as coisas certas”, resume.
Quanto aos juros alto, Artur explica que o Brasil já é acostumado com taxas de juros elevadas e a população já vive essa realidade e que não é surpresa o juro chegar nesse patamar. E relata que hoje é muito mais fácil rentabilizar a carteira de um cliente que não precisa correr risco para isso. Por exemplo, hoje existem produtos pagando 14% de juros ao ano.
“Nós não acreditamos em um modelo pré-fabricado de carteira. E sim o que atende as necessidades de cada pessoa. Tem gente que quer viver de dividendos então é uma boa hora para comprar ações que estão baratas, fundos imobiliários, para aquela pessoa que não quer há outros produtos na renda fixa, por exemplo, que não precisa fazer loucura”, resume.
Trajetória e liderança entre jovem empreendedores
Jovem empresário e empreendedor Artur do Prado conta que sempre fez parte do movimento de jovens empreendedores. A estreia da Blend Capital como promotora de eventos e encontros dessa categoria, ocorreu no dia 3 de agosto, justamente na data da Posse da Diretoria da Fecomércio Goiás Jovem. Na ocasião, a empresa contemplou os presentes com a 1ª Edição do GO Invest, em que trouxe o Economista-Chefe na Infinity Asset, Jason Vieira e o CS do Modal Empresas, Bruno Craidy. Ambos falaram sobre investimentos e cenários econômicos brasileiro e mundial. Artur, que também é membro da FAJE, ressalta que o papel dele dentro das instituições é levar educação financeira. Essa foi a primeira palestra, mas o objetivo é fazer uma a cada mês, com grandes nomes do mercado financeiro e outros segmentos. “Precisamos falar sobre governança, empreendedorismo, Goiânia é uma praça muito pouco explorada ainda. Existe um monte de oportunidade e se a gente traz isso para Goiás, conseguiremos dar ainda mais destaque para um Estado que é importante para o Brasil”, enfatiza.