Lançado no início de julho pelo governador Ronaldo Caiado, o programa AgreGO tem recebido ampla participação do setor produtivo goiano. Dezenas de indústrias já aderiram e participam da fase de estudos. O plano de ações que visa promover o desenvolvimento industrial da próxima década, em Goiás, foi idealizado pela Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado (ADIAL), com apoio do Fórum das Entidades Empresariais e do Governo do Estado, mas foi repassado para condução do governo estadual.
Ao descrever a iniciativa, o governador aponta que planejamento é fundamental. “Não acredito em improvisação. Algo para dar certo tem de ser muito bem estudado. Governo pode muito, mas não pode tudo, tem de ter parceiros, pessoas experientes, com vivência”, pontua o governador.
Para o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, a parceria entre o setor produtivo e o Executivo goiano visa aumentar a atração de novos negócios para o Estado, com amparo em estudos científicos que avaliem as demandas, gargalos e projeções futuras de crescimento de importantes segmentos da economia goiana.
O projeto se encontra na fase de mapeamento de cenários prospectivos e os trabalhos estão sendo executados pela Magno Consultores.
“Somos procurados por empresas que querem contribuir com o levantamento de dados e oferecerem a sua participação ao estudo. Percebemos, com isso, o quanto o setor necessita participar do processo de implementação de melhorias”, explica CEO da Magno Consultores, Roberto Lima, que destacou a participação do setor empresarial.
Uma equipe de cinco consultores se dedica ao levantamento de dados junto às empresas representantes dos principais setores industriais do Estado e também junto a diferentes secretarias governamentais. O objetivo é formular, com bases fundamentadas, propostas de avanço ao setor produtivo, que poderão ser incorporadas às políticas públicas adotadas pelos próximos dez anos.
Para o presidente do Conselho de Administração da ADIAL, José Garrote, os avanços no segmento só serão alcançados quando coordenados junto ao governo goiano.
“Vimos que seria de fundamental importância levantar, com fundamentação técnica, os riscos e gargalos que impedem o desenvolvimento dos segmentos contemplados e, a partir disso, criar de maneira articulada entre o setor público e privado, medidas e políticas que estimulem a agregação de valores, empregos, renda e oportunidades nas cadeias produtivas”, define.
O estudo tem como escopo os segmentos mais representativos do setor produtivo goiano. Para isso, foi feita a divisão para abordagem das seguintes áreas: avícola, bovina, suína, lácteos, fármacos, soja, milho seco, dentre outros. “Com esse recorte conseguimos mapear demandas, gargalos e projeções futuras de expansão que são perfeitamente aplicáveis aos demais setores industriais”, explica Roberto Lima.
O AgreGo conta com o apoio do Fórum Empresarial, com Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg); Federação do Comércio (Fecomércio-Go); Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias (Facieg); Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL); Associação Pró-Desenvolvimento Industrial (ADIAL); e Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), além do apoio do Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec) e do Sistema da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).
Publicado na Revista Leitura Estratégica Ed. 11, em dezembro de 2021