Por Gustavo Paiva
A Gennesys Consulting nasceu em 1995, em Goiânia, como uma empresa para gestão de investimentos de clientes brasileiros no exterior, dada a experiência do sócio fundador em gestão de ativos offshore, Dov Gilvanci Levi Najman, que logo revolucionou a matriz de negócios, criando a divisão de Business Process Outsourcing (BPO) para terceirização de Processos de Negócios.
Hoje a empresa possui unidades em Goiânia, São Paulo, Brasília, Recife e Curitiba, atuando em 18 Estados.
“Nós começamos a entrar nas empresas e fazer a terceirização contábil, fiscal, do departamento pessoal, TI, entre outros serviços especializados. Identificávamos onde poderia existir gargalos, verificávamos o que poderia ser feito para reduzir custos e despesas e assim o cliente começava a investir conosco”, disse Dov.
Com o tempo, a Gennesys começou a ampliar sua atuação no BPO e hoje já realiza assessoria estratégica, auditoria, seguros e terceirização da área jurídica, por meio de um escritório de advogados parceiro. Além disso, a empresa possui uma divisão de Wealth Management (gestão de patrimônio), representada pela Zahav Investments, gestora sediada nas Ilhas Virgens Britânicas (jurisdição inglesa) e pela Gennesys Agente Autônomo de Investimentos, vinculada ao banco BTG Pactual, passando a cuidar de todo patrimônio pessoal dos acionistas.
“No final, nosso objetivo é fazer com que o empresário cresça”, ressalta Dov. “Com este crescimento, automaticamente o lucro distribuído para o acionista cresce. Passamos a atuar também nesta outra ponta, que já era uma vertente de outra empresa do grupo, para cuidar do investimento desse acionista”, aponta.
O executivo explica que, se a empresa eventualmente sofrer com algum insucesso, o acionista terá um patrimônio acumulado suficiente para viver confortavelmente durante o período de crise e resgatar a situação financeira da empresa. “Nosso core no final do dia é cuidar do patrimônio do acionista, usando todas as ferramentas de BPO e gestão de investimentos”, esclarece.
Ritmo normalizado
Com a redução dos casos de Covid-19 e o aumento das vacinações, Dov Gilvanci resolveu voltar à rotina normal. “Não tem jeito, onde tudo acontece é nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia”, explica. “Nós pretendemos, em 2022, levar um cliente pra fazer um IPO. Então, estamos preparando essa companhia, implantando governança. É um marco muito importante para a Gennesys, conseguir fazer esse IPO. Isso vai dar liquidez aos sócios e, ao mesmo tempo, colocar a companhia em outro patamar.”
“Muito possivelmente, eu devo ficar fora do Brasil uma boa parte de 2022, justamente para desenvolver parcerias estratégicas”, conta Dov. “A gente criou uma divisão, que já está finalizando, que será uma gestora de criptomoedas. Eu já invisto nesse mercado desde 2014, e agora eu trouxe isso para o portfólio dos clientes brasileiros. O plano é a gente ter essa gestora no Brasil, funcionando a todo vapor.”
Além disso, Danilo reforça que a Gennesys quer ser uma referência para as empresas fora do mercado Rio-São Paulo. “Principalmente empresas familiares. Hoje temos na casa de oito operações junto a fundos, para compra e venda de empresas. Então a gente quer continuar auxiliando as empresas, sendo referências para trazerem elas ao mercado, sendo um braço de estruturação das famílias, seja no Brasil, seja globalmente.”
Avanço de 138% na pandemia
Um dos pontos que a Gennesys mais se preocupa é com o crescimento profissional da sua equipe. Dos nove sócios da empresa, somente dois vieram de fora.
“São sócios que se desenvolveram aqui dentro e, hoje, tanto faz eu estar aqui, em Singapura, em Genebra ou em qualquer lugar, a Gennesys não vai parar por minha causa. Com isso, quero dissociar essa imagem de que a Gennesys é só o Dov, quando na verdade tem um time aqui de retaguarda, que tocam o piano”, afirma Dov.
Danilo Lopes de Oliveira, um dos sócios da empresa, conta que, para 2022, a Gennesys vai montar um dreamteam.
“Estamos tratando com mais dois executivos do mercado, para fazer sociedade, mas nosso DNA é fazer a formação dentro de casa. E a gente vem investindo muito nesse formato”, explica.
“Havia 25 anos que eu não ficava mais de um mês em um país só”, diz Dov. “Eu ficava 15 dias no Brasil e 15 dias fora, mas a pandemia acabou com isso”. O empresário narra que, antes da pandemia, ele sugeria a alguns clientes para fazer reuniões por videoconferência, mas que havia muita relutância, para que fosse “olho no olho”. “Isso era um sofrimento, porque às vezes eu tinha que fazer uma viagem de dois dias pra encontrar um cliente e fazer uma reunião de 5 horas, e depois voltar”, lembra.
Então, com a pandemia, Dov relata que o custo da empresa com viagens reduziu em 85% e só em de outubro 2020 a equipe voltou a viajar, seguindo os protocolos de segurança. “Mas, nesse sentido, foi importante pra quebrar uma série de tabus que existiam. O time começou trabalhando de home office e aqui temos essa liberdade. Quem quiser trabalhar de casa, pra mim nem precisa vir aqui, só precisa entregar resultado.”
No primeiro momento da pandemia, Dov mostrou preocupação. “Achamos que ia impactar muito forte nossos clientes, principalmente os que possuem dependência de presença física, como as universidades. Então teve três meses onde o impacto foi mais forte, mas a Gennesys não perdeu receita, pelo contrário.”
Em 2021, no auge da pandemia, a Gennesys cresceu 138%. Muitas empresas precisaram acelerar o processo de digitalização dos negócios, uma área que a Gennesys possui parceria, o que levou a mais demandas.
Confira artigo do Dov Gilvanci Levi Najman sobre Criptomoedas